Diário

16 de Fevereiro de 2004 Querido diário, Decidi escrever-te, pois preciso de te contar aquilo que sinto neste momento. Desde que estou na catequese, nunca vi uns olhos como os daquele lindo rapaz, chamado Bernardo. Corei assim que ele entrou pela porta principal da Paróquia. Ele entrou e apresentou-se com o seu sorriso reluzente e contagiante que invadiu toda a sala. Apaixonei-me, assim como todas as raparigas que suspiravam ao vê-lo caminhar com o seu andar gracioso. Cumprimentei-o, dizendo “olá”. Esta palavra, embora simples, dizia muito. O nosso olhar encontrou-se e logo percebi que ele era “o tal” e que também sentia alguma coisa por mim. Ele é novo na aldeia e entrou para a minha turma da escola. Temos falado muito desde então, mas ainda não ganhei coragem para lhe explicar o que sinto no meu coração. Tenho rezado muito para ele gostar de mim da mesma maneira que eu o faço, mas Deus ainda não respondeu às minhas preces. Resta-me esperar que ele se declare ou devo perder o receio de abrir o meu coração?

23 de Fevereiro de 2004
Querido diário, Esta semana tem sido muito atarefada, a Paróquia tem estado a preparar uma festa por se estar a aproximar o dia em que foi fundada a aldeia pelos antepassados da professora Maria da catequese. Não tenho tido muito tempo para descobrir se o Bernardo gosta de mim. Temos passado muito tempo juntos a trabalhar nas decorações para a festa. Ontem, enquanto desenhava alguns cartazes ele acarretava as mesas e cadeiras. Conseguia notar os seus músculos salientes por baixo da sua fina t-shirt preta. Estava mesmo giro, os seus cabelos castanhos combinavam lindamente com os seus olhos cor de esmeralda. Voltarei a escrever-te assim que tiver novidades.

2 de Março de 2004
Querido diário,
Tal como prometido, cá estou eu para te contar tudo o que se tem passado.
Na semana passada ganhei coragem para expressar os meus sentimentos, mas acho que não usei bem as minhas palavras porque fiquei muito nervosa e em vez de dizer o