Diálogos antropológicos: diversidades, patrimônios, memórias.
Notas sobre sociabilidade e comensalidade a partir da experiência alimentar – o caso dos Judeus Sefaraditas em Belém do Pará.
Larissa Maria de Almeida Guimarães.
A autora em seu texto relata que a prática alimentar é o momento de sociabilidade que se manifesta no dia a dia no processo histórico, para ela as pessoas comunicam-se pela comida, revelando o mundo ao qual pertence.
Ela buscou compreender os hábitos alimentares de grupos de judeus em Belém do Pará, buscando compreender no cotidiano dos mesmos a própria dinâmica alimentar características dos judeus.
A alimentação Judaica, como descrita na bíblia, demonstra bem o ideal de “pureza e impureza”, refletido na alimentação. Tendo em vista regras e leis a serem seguidas, que foram deixadas por Deus para seu povo escolhido, vê-se que a alimentação é legitimada como forma de separa-lo dos outros povos. Assim, aliança feita pelo Judeu e o seu Deus implica também, pelo âmbito alimentar. Buscando então compreender, e ver, como estes Judeus se relacionam com a sua comida, ou seja, como desenvolve seus hábitos alimentares, dentro de um contexto diferente do bíblico, levando em consideração à própria dinâmica geográfica dos mesmos, dos quais estão ligados.
Partindo da observância do acompanhamento da preparação dos alimentos, permitiu-se perceber as preocupações relativas ao alimento que estava sendo manejado. Estas preocupações variavam de acordo com a pessoa, ou seja, de acordo com as particularidades de cada interlocutor.
A alimentação Judaica, no próprio meio urbano no qual os interlocutores estão inseridos, pode revelar uma dinâmica de modificações significativas na alimentação dos mesmos.
Bibliografia
Diálogos Antropológicos: Diversidades, patrimônios, memórias/ Raymundo Heraldo Maués, Maria Eunice Maciel organizadores. – Belém: L&A Ed. 2012.
448p. :il.
Guimarães, Larissa Maria de Almeida.
Notas sobre sociabilidade e comensalidade a