DIÁLOGO E PARTICIPAÇÃO EM UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO
Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde
DIÁLOGO E PARTICIPAÇÃO EM UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DE BELO HORIZONTE
PATRÍCIA MALTA PINTO
BELO HORIZONTE, SETEMBRO DE 2013
1. PROBLEMA E JUSTIFICATIVA
O século XXI, denominado a era da comunicação e do conhecimento está a exigir o diálogo e a troca de experiência de profissionais, para que o trabalho flua de maneira eficiente. A saúde não foge à regra; nesse prisma pergunta-se: como minimizar as dificuldades da gestão democrática em um hospital psiquiátrico de Belo Horizonte? Trabalho em hospital cuja política de gestão é centralizadora, a equipe de trabalho não participa dos processos decisórios, da elaboração dos protocolos restringindo-se a apenas executar. Observa-se ainda que existe uma cratera que separa os profissionais assistenciais dos gestores/administradores. Diante desse contexto sugere-se que seja implantado o projeto “Diálogo e Participação nos em um Hospital Psiquiátrico de Belo Horizonte”, voltado para a estruturação da gestão participativa. Esse modelo aposta no protagonismo dos sujeitos e na capacidade de pactuar compromissos como melhor forma de gestão do trabalho. A gestão participativa é uma nova forma de entender o processo de atenção à saúde que considera o trabalho em equipe como um somatório de ações de cada profissional. Faz-se uma analogia com uma linha de montagem, porém de ações preventivas, curativas; e de promoção de organização institucional que permita a atuação integrada e coordenada de um grande número de trabalhadores envolvidos no trabalho. Philippe Perrenoud (2013, p.30) afirma que
“Numa sociedade moderna, ninguém se contenta em ser uma engrenagem anônima a serviço de sua comunidade. Na vida moderna é dada uma importância cada vez maior ao projeto, à carreira, ao desafio, ao sucesso material e, ao mesmo tempo à felicidade, à integração e à autoestima. O