Dizer não ao vício

Dizer não ao vicio

Ao ler o título alguns dirão: “Falar é fácil”. Já aqueles que estão mergulhados no vício irão achar que estou apenas filosofando, pois o consumo de drogas – lícitas ou ilícitas – é uma doença de tratamento longo, difícil e que envolve diversas variáveis. Mas existe um medicamento gratuito e que está acessível a todos – a vontade de largar o vício.
Quando digo vontade, não estou falando naquela mentirinha comum a todo viciado: “Tenho vontade de deixar o vício, mas não consigo”. Zé Ruela, seja você um “noiado” ou um pudim de cachaça, consegue deixar o vício sim, desde que tome realmente essa decisão. E não me venha com histórias ou desculpas. Não estou jogando palavras ao vento, estou falando do que sei e do que estou vivendo.
Conheço muitas pessoas que têm vergonha que os outros saibam que elas estão lutando contra o vicio. Mas vergonha de ser um drogado ou um bêbado não tem, não é? Quase todos não gostam que saibam que são viciados, como se isso fosse coisa capaz de esconder; Deixa de ser idiota, a cidade inteira sabe quem você é, e muita gente já te viu de pé redondo, muitas vezes na base do 3 em 1 = bebido, cheirado e fumado. Então, onde é que fica a vergonha? Vergonha é ficar se escondendo atrás de problemas e usando a droga como muleta para seguir em frente com essa vida medíocre que você leva. E se você acha que isso é bom, é o “maior barato”, então é bem mais idiota do que eu pensei.
A família e a sociedade afirmam que você é um fraco por se entregar às drogas. Concordo, você é um fraco, molenga, otário. Não por ser viciado, mas por não ter coragem de querer sair dessa situação. Admitir que é impotente diante da droga, que precisa de ajuda e, acima de tudo decidir parar e aceitar essa ajuda é coisa de fortes. Os fracos continuam acomodados atrás das centenas de desculpas.
Durante anos fui escravo da bebida – percebeu o tempo do verbo? Por várias vezes tentei sair fora, buscando o AA, terapia, auto-ajuda, etc. Mas sempre encontrava