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LUCAS LEMOS SANTANA
RELAÇÕES E NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS
PETROLINA NOVEMBRO/ 2014
A região do Vale do São Francisco é conhecida nacional e internacionalmente como pólo da fruticultura irrigada no Brasil. Abarca 120 mil hectares, sendo explorada como parte significativa do chamado agronegócio que desde o primeiro mandato da gerência de Luiz Inácio vem, de maneira apologética, sendo apontado "desenvolvimento nacional", responsável por 42% do total de exportações brasileiras de uva e manga in natura, segundo dados da Secretaria do Comércio Exterior-Secex.
O carro chefe da atividade na região é a produção de uva e manga, que juntas ocupam mais de 35 mil hectares em área plantada e totalizam a exportação de cerca de 700 mil toneladas por ano. A produção está concentrada principalmente nas cidades pernambucanas de Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e nas cidades baianas de Juazeiro, Casa Nova e Curaçá, onde se instalaram grandes empresas de exportação e através das quais 70% de toda a manga e uva produzidas deixam o Vale, a quase totalidade desta destinada aos mercados europeus.
Uma economia voltada para abastecer de frutas os mercados dos países imperialistas que logo sentiu os efeitos da crise econômica mundial que estourou em setembro do ano passado. Os contratos de comercialização são estabelecidos antes da produção, num sistema de "consignação", baseados numa estimativa do valor do dólar, uma espécie de "crédito de vendas" denominado adiantamento de contato de câmbio (ACC) e, ao final, de acordo com a cotação do dólar no dia e em relação ao que realmente for absorvido pelo mercado, é feito o acerto das vendas. Diante da