Diversos
Vou falar um pouco sobre Florbela Espanca, a sua vida e a sua poesia em geral, especificando o poema que irei apresentar posteriormente. * Florbela nasceu a 8/12/1894 em Vila Viçosa e morre a 8/12/1930 EM Matosinhos. * Viveu e foi educada com o pai e pela madrasta, assim como um irmão de sangue Apeles Espanca. * Estudou em Évora, mas só após o seu casamento (1913) com Alberto Coutinho, que, em 1917, concluiu a secção de Letras do Curso dos Liceus. * Neste ano, em Outubro, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Nesta cidade conviveu com poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que então procurava impor-se. Colaborou em jornais e revisas, entre as quais o Portugal Feminino. * A sua 1ª obra foi em 1919, quando frequentava o 3º ano de Direito, intitulada “Livro da Mágoas”. * Em 1921 divorciou-se. Depois desse casamento, voltou a casar-se, mas que não durou muito tempo, tendo-se divorciado mais tarde. Teve no total 3 casamentos falhados, assim como as suas desilusões amorosas e a morte do seu irmão (a quem ela estava muito ligada afectivamente), com um avião que tripulava sobre o rio Tejo, o que marcou profundamente a sua vida e a sua obra. * Em Dezembro de 1930, os seus problemas de saúde agravaram-se, nomeadamente os de ordem psicológica, acabando por morrer. * Morreu com apenas 36 anos, “de uma doença que ninguém entendeu”, mas que veio a ser designada por nevrose na sua certidão de óbito, embora também se diga que foi “edema pulmonar”, mas muitos especulem quanto à sua morte, e pense-se que foi suicídio.
Quanto à sua poesia, esta caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, de solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidades e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito
A linguagem usada é muito pessoal, muito marcada (como o poema que irei declamar) pela saudade,