Diversificação Corporativa
Autoria: Cleci Grzebieluckas, Rosilene Marcon, Rodrigo Bandeira-de-Mello, Anete Alberton
Resumo
Existe abundante evidência, teórica e empírica, que o fenômeno diversificação de produtos ou negócios surge como tópico central de investigação, tanto por parte da academia quanto pela direção das empresas e executivos, responsáveis pela sua aplicação prática. Em função do exposto, o presente trabalho apresenta os principais conceitos e medidas de diversificação utilizados na literatura, juntamente com as razões pelas quais as empresas buscam diversificar seus produtos ou negócios. Na primeira parte, encontram-se os principais conceitos de diversificação e a classificação de Wrigley (1970) e Rumelt (1974) que deram origens a categorização das estratégicas de diversificação e as diferentes dimensões de relacionamentos propostas por esses autores. A segunda parte, mostra as razões pelas quais as empresas buscam estratégias de diversificação, tanto de produto quanto de negócios, os fatores que interferem nas estratégias de diversificação tais como, estrutura de capital, teoria da agência e a visão baseada em recursos (Resource-Based View – RBV) e, finalmente, descreve-se as principais medidas de diversificação abordadas na literatura.
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Introdução
A estratégia de diversificação consiste na entrada de novos produtos ou mercados, que podem estar ou não relacionados de alguma forma com os negócios atuais da firma (SOTO,
2003). Tanto a diversificação de produtos como a de mercados possue um papel relevante no comportamento estratégico das empresas (HITT; HOSKISSON; IRELAND, 1994).
Os conceitos e definições sobre diversificação encontram suporte teórico nos trabalhos de Ansoff (1958), Pitts e Hopkins (1982) Zhao e Luo (2002) e muitos outros. Por outro lado, a relação entre diversificação e performance tem como arcabouço teórico os estudos de
Rumelt (1974, 1982), Bettis (1981), Palepu (1985),