Ditadura Militar (exilio)
A grande maioria, porém, saiu do Brasil em razão de suas posições políticas. Houve exilados que deixaram o país trocados por reféns ilustres. Em 1969 e 1970, organizações de esquerda sequestraram os embaixadores dos Estados Unidos, da Suíça e da Alemanha Ocidental. Em troca de sua libertação, exigiram que presos políticos fossem soltos pela ditadura. No total, os militares libertaram 125 pessoas - todas exiladas para o México, Chile e Argélia.
O principal destino dos exilados brasileiros foi à França. Paris tornou-se uma espécie de capital do exílio. Alguns brasileiros também se fixaram em outros países da Europa do Bloco Socialista e da América Latina. Do exterior, muitos ainda tentaram lutar contra a ditadura. Alguns poucos chegaram a voltar ao país, sendo que, desses, a maioria acabou morta ou presa pelo regime. Com o aumento da repressão (que fez da tortura uma política de Estado), os brasileiros que estavam no exílio começaram a denunciar a violação dos direitos humanos cometida no Brasil, engrossando o movimento internacional contra a ditadura militar.
Essa fase do exílio brasileiro coincidiu, internamente, com a derrota que a ditadura impôs aos setores da esquerda que tinham optado pela luta armada. No exterior, os antigos guerrilheiros entraram em contato com outras experiências, renovando suas temáticas e também suas estratégias políticas. A esquerda brasileira mudava parcialmente sua concepção política,