Distribuição de renda no brasil
Ao se fazer um estudo cronológico no recorte temporal que vai do período de redemocratização do Brasil em 1988 até 2011, percebe-se a variação das taxas de distribuição e de crescimento da renda, podendo relacioná-las com a conjuntura interna e políticas adotadas no país.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma dinâmica da evolução da distribuição de renda no Brasil, apresentando suas consequências na divisão social, na postura do Estado nas decisões de políticas monetárias e sociais e fazendo uma breve relação com os países emergentes que compõe o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do sul).
No que tange a divisão interna gerada pela distribuição da renda, desenvolve-se uma análise da dinâmica das classes sociais e a influência destas na economia.
A respeito da postura do Estado, apresenta-se a idéia dos programas assistencialistas como forma de amenização desta desigualdade e cita-se exemplos de políticas monetárias, como o Plano Real, que geraram ambiente propício para diminuição da concentração de renda.
2. Introdução
Nos últimos tempos, a economia brasileira tem passado por uma série de mudanças. Quanto à distribuição de renda não é diferente. Há uma ênfase muito grande na discussão do crescimento econômico, mas em países com alto grau de desigualdade social como o Brasil a questão da distribuição de renda tem uma importância tão grande quanto a do crescimento. Apesar de ser atualmente a sétima maior economia do mundo, o Brasil apresenta uma distribuição de renda fortemente heterogênea, sendo o quarto país mais desigual da América Latina. No presente estudo, vamos abordar a distribuição pessoal da renda, que verifica os rendimentos que cada família ou indivíduo recebe. No Brasil, a apuração desses dados se dá principalmente pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE. Um dos métodos mais utilizados para medir o grau de concentração da