Distanásia, eutanásia e ortotanásia
INTRODUÇÃO
O termo orto, de ortotanásia, significa “correto”, ou seja, é a morte certa, aquela que deve acontecer naturalmente. A distanásia significa o prolongamento do momento da morte. O termo eutanásia, etimologicamente falando, significa morte sem dor ou morte suave.
A Ortotanásia representa a suspensão de procedimentos ou tratamentos que têm como objetivo a manutenção artificial da vida de um paciente terminal, com enfermidade grave e/ou incurável, deixando-o morrer naturalmente e de uma forma mais confortável e rápida, como tratam os médicos chamando a ortotanásia de “forma higiênica” de se morrer ou “morrer bem”
Quanto à distanásia, não há nenhum problema, objetivamente falando, de se prolongar o momento da morte. A pessoa pode até ser mantida nos aparelhos por um período e se você for desligar os aparelhos, desde que não seja uma ação direta para provocar a morte da pessoa, também não há nenhum problema ético ou moral nisto. É um prolongamento do momento da morte, ou seja, a morte é iminente, vai acontecer. E o que acontece? A pessoa é ligada aos aparelhos, sendo prolongado o momento da morte. Você não está prolongando a vida, mas o momento da morte. Então, ao se desligar o aparelho, a eutanásia não está sendo provocada, porque a morte iria acontecer do mesmo jeito, mas não aconteceu ao se manter a pessoa na aparelhagem.
O problema moral está na eutanásia porque é também chamada de homicídio assistido, ou seja, há uma ação direta do paciente ou de outra pessoa para antecipar o momento da morte. A passagem da distanásia para eutanásia, às vezes, é muito confusa, mas é uma questão da consciência do médico. A distanásia é quando a morte é iminente, porém você sustenta a pessoa por aparelhagem. Já no caso da eutanásia, a morte não era iminente e o paciente pode viver por muitos anos, e uma ação direta é aplicada que antecipa o momento da morte. Na distanásia, você permite a pessoa morrer quando se