Dissertação sobre células tronco
Câncer, Alzheimer, doenças cardíacas, cegueira e diabetes estão dentro da vasta lista de doenças que podem ser curadas com o uso de células-tronco. Estas, podem constituir diferentes tecidos no organismo, funcionando como células curinga que têm a função de ajudar na restauração de uma lesão. Isso se tornou mais um grande embate entre ciência e religião, principalmente se tratando de células-tronco embrionárias. O que é vida? Quando ela realmente começa? Talvez aí esteja a essência de toda a discussão. Existem basicamente três linhas de pensamento para essa questão. Para os que pensam que a vida humana começa no momento da fertilização, o embrião tem os mesmos direitos que uma pessoa, é merecedor de todo respeito e deve ser protegido como tal. Os que consideram o embrião apenas como um conjunto de células, julgam que ele não merece nenhuma diferença de tratamento que qualquer outro grupo celular. Há ainda quem se posicione de forma intermediária, defendendo que o embrião, embora seja um organismo vivo, não tem o status de um ser humano, por isso não se justifica protegê-lo como a uma pessoa. A Igreja Católica se encaixa no primeiro grupo, condena qualquer ato que minimize a vida, neste caso, talvez, possivelmente uma futura vida. Falou de mexer com embrião? É aborto, não interessa se isso vai salvar vidas já existentes ou não. Outra questão polêmica e sem uma solução é o destino que se dá aos embriões que estão congelados nas clínicas de fertilização e que não foram utilizados pelos casais para a reprodução. O prazo máximo de armazenamento após o congelamento é de cinco anos. Permitir a destruição desses embriões enquanto poderiam ser usados em pesquisas com o intuito de salvar vidas, pode igualmente ser visto como um desperdício. É valido ressaltar que esse embrião somente irá se tornar vida se for implantado num útero materno, se isso não acontecer, aquelas células que poderiam tornar-se uma pessoa morrerão num