Displasia coxo femural

As displasias coxofemorais são importantes afecções ortopédicas comumente diagnosticadas em cães, tendo uma maior frequência em raças de grande porte e de crescimento rápido. É caracterizada por uma má formação das articulações coxofemorais. Sua etiologia é principalmente hereditária, mas fatores nutricionais e ambientais podem influenciar para a ocorrência desta. Seus sinais clínicos estão associados ao aparecimento de dor, dificuldade de locomoção, relutância aos exercícios. Pode-se observar que os animais têm preferência pelo sentar ou deitar. O diagnóstico da displasia coxofemoral baseia-se na observação do animal ao caminhar e trotar, na constatação de aumento de volume dos membros e assimetrias destes, crepitação e amplitude do movimento articular, sendo ainda importante para o diagnóstico definitivo a realização do exame radiográfico. O tratamento pode ser conservativo por meio de antiinflamatórios, analgésicos, controle de peso e fisioterapia ou por meio do tratamento cirúrgico. O presente estudo teve por objetivo realizar levantamento dos casos de displasia coxofemoral e verificar o tratamento de eleição utilizado pela Unidade Hospitalar Veterinária da Universidade Estadual do Ceará durante o periodo de agosto de 2011 a fevereiro de 2012. Os casos avaliados foram organizados de acordo com a ocorrência e características dos pacientes, classificados pelo sexo, idade e raça. Foram analisados 2103 prontuários clínicos, onde nestes 17 animais apresentaram displasia coxofemoral. Dentre os cães diagnosticados, 58,82% (10) eram machos e 41,17% (7) fêmeas. Com relação à faixa etária de acometimento da doença, 29,41% (5) tinham idade entre 1 a 5 anos, 64,70% (11) entre 6 a 10 anos e 5,88% (1) com idade superior a 10 anos. Dentre os cães acometidos 23,52% (4) com peso entre 1 a 10 kg, 17,64% (3) entre 10 a 20 kg, 35,29% (6) entre 20 a 30 kg e 23,52% (4) com peso acima de 30 kg. Após o estudo de cada ficha foi observado que 100% dos casos foram tratados pelo método