Displasia coxo femoral
FESB
RAYANE RISSATO
TÉCNICA CIRURGICA PARA LUXAÇÃO COXO FEMURAL
DISPLASIA COXO FEMURAL
BRAGANÇA PAULISTA-SP
2013
Introdução As luxações são parte significativa dos casos ortopédicos observados na medicina veterinária em pequenos animais. A articulação coxofemoral é a mais frequentemente luxada no cão e no gato (WADSWORTH, 1996), sendo a frequência no cão maior em animais com mais de 11 e 12 meses de idade (WALLACE, 1991). Não há ligamentos colaterais, e os músculos que se fixam à extremidade proximal do fêmur permitem grande movimentação da articulação. O principal aspecto estabilizador dessa articulação é sua própria configuração esferoidal, onde o ligamento redondo e a cápsula articular são as principais estruturas de tecido mole que se contrapõem à luxação (WADSWORTH, 1996).
A displasia coxofemoral (DCF) é uma alteração do desenvolvimento que afeta a cabeça, o colo femoral e o acetábulo. Sua transmissão é hereditária, recessiva, intermitente e poligênica. Fatores nutricionais, biomecânicos e de meio ambiente, associados à hereditariedade, pioram a condição da displasia (SOMMER, 1998).
A displasia coxofemoral (DCF) é uma enfermidade poligênica de natureza quantitativa, multifatorial e extremamente complexa. É o desenvolvimento ou crescimento anormal da articulação coxofemoral, em geral bilateralmente. Manifesta-se por vários graus de frouxidão dos tecidos moles ao redor da articulação, instabilidade, má formação da cabeça femoral e acetábulo, e ósteo-artrose (Montgomery, 2000).
A doença pode surgir em qualquer raça, mas é mais comum nas raças de médio e grande porte, como Rottweillers, Pastores e Filas, e principalmente em animais que tem um crescimento muito rápido (JORGE, 2012).
Os sinais clínicos da variam amplamente, podendo apresentar claudicação uni ou bilateral, dorso arqueado, peso corporal deslocado em direção aos membros anteriores, com