Displasia coxofemural
Schnelle (1936) descreveu pela primeira vez a displasia coxofemoral e Konde (1947) comentou sua origem hereditária. Schales (1959) a descreveu como má formação e indicou o exame radiográfico para o diagnóstico. Wayne e Riser (1964) relacionaram o crescimento rápido e precoce e ganho de peso de pastores alemães com transmissão genética. Henricson, Norberg e Olsson (1966) consideraram-na como má formação hereditária e a subluxação como conseqüência da alteração anatômica.
A displasia é uma doença influenciada por fatores genéticos, geralmente transmitidos de maneira hereditária, mais comum em cães de grande porte e de crescimento rápido do esqueleto quando não acompanhado pelo crescimento da musculatura pélvica favorece a ocorrência da displasia e atinge na mesma freqüência tanto machos como fêmeas que durante o crescimento, pode haver um desequilíbrio entre o esqueleto e o sistema muscular de suporte que levam à incongruência articular (ALTUNATMAZ et al., 2003). Ocorre uma disparidade no desenvolvimento dos tecidos ósseos e moldes de suporte, que altera a biodinâmica da articulação, causando pequenos e repetidos traumas, com conseqüente inflamação da membrana sinovial. O resultado destas alterações será o surgimento de instabilidade articular e alterações ósseas degenerativas.
Figura [ 1 ]- Radiografia quadris normais
Figura [ 2 ] - Quadris afetados pela displasia coxofemoral
A displasia não tem cura, pois se ela não for evitada, uma vez adquirida, ela não regride. A importância de se fazer o levantamento da incidência de DCF (displasia coxofemoral) é para o controle e prevenção da mesma. A despeito do que alguns possam afirmar dados de numerosos estudos científicos fornecem evidências esmagadoras de que a DCF é uma doença hereditária.
Muitos cães portadores podem não manifestar sinais clínicos em função de um manejo cuidadoso, o que pode muitas vezes suprimir a expressão da doença. Possível em todas as raças, sobretudo naquelas de grande