Luxação congenita quadril
Resumo:
A luxação congênita do quadril (LCQ) é o não contato da cabeça do fêmur com o acetábulo e ocorre devido à flacidez ligamentar e o seu diagnóstico deve ser precoce para que o tratamento, juntamente, com a fisioterapia possa ter um bom resultado. O fisioterapeuta precisa ser capaz de pesquisar a LCQ, sempre que encontrar sinais suspeitos, tais como encurtamento aparente de uma das pernas ou limitação da abdução da coxa, em lactentes que estão sendo tratados por outros motivos. O papel do fisioterapeuta no tratamento da LCQ consiste na aplicação dos dispositivos imobilizantes, na explicação dada aos pais da criança sobre os cuidados que o caso exige e na elaboração de um programa específico de exercícios e treinamento da motricidade.
Introdução
Luxação ou Displasia Congênita do Quadril (LCQ) é a perda do contato da cabeça do fêmur com o acetábulo. Esta luxação ocorre tanto antes, como depois do nascimento, e se não diagnosticada, ou tratada inadequadamente, o paciente terá um defeito físico para o resto da vida.
A luxação pode ser devida também ao excesso de mobilidade das articulações (Rose, 1986).
Etiopatogenia
Não se sabe muito a respeito, mas admite-se que três fatores estejam relacionados à sua causa.
1. Genético: a flacidez ligamentar predisponente;
2. Hormonal: devido à liberação do hormônio relaxine pelo útero fetal, em resposta à presença de estrógenos e progesterona na circulação fetal;
3. Mecânico: posicionamento intra-uterino, nascimento de nádegas.
Na luxação persistente o acetábulo é raso e pode ser preenchido por tecido fibroso e adiposo. Como resultado disso, a cabeça do fêmur é deslocada para cima e lateralmente ao acetábulo e, pela pressão exercida no osso ilíaco, pode fazer uma depressão nesse osso formando uma pseudocavidade.
Os ligamentos podem estar estirados, devido ao deslocamento da cabeça femoral. A cápsula se alonga à medida que a cabeça femoral se desloca para cima. O rebordo