Dislexia
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DISLEXIA: COMPROMETIMENTO NA APRENDIZAGEM FUNDAMENTAL 1. INTRODUÇÃO Estima-se que, no Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas têm algum tipo de necessidade especial. As necessidades especiais podem ser de diversos tipos: mental, auditiva, visual, física, conduta ou deficiências múltiplas. Deste universo, acredita-se que, pelo menos, noventa por cento das crianças, na educação básica, sofram com algum tipo de dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem: dislexia, disgrafia e disortografia. Entre elas, a dislexia é a de maior incidência e merece toda atenção por parte dos gestores de política educacional, especialmente pelos professores. Observa-se frequentemente que o despreparo do professor da escola fundamental para compreender as questões patológicas da linguagem o tem levado a dificuldades em lidar com aquelas que envolvem o processo de aprendizagem, sendo necessário esclarecer as diferenças entre as alterações pertinentes ao processo normal de aprendizagem e aquelas compatíveis com o distúrbio. Estas reflexões pretendem promover uma atitude menos excludente, em que o “diferente” seja considerado e atendido adequadamente e não continue a aumentar os índices do fracasso escolar. A convivência em sala de aula com crianças que apresentam distúrbio de leitura exige, inegavelmente, um nível de preparo mais especifico do professor, que vai além dos níveis atuais. O professor precisa ter consciência da necessidade de se conhecerem as possibilidades e limites do portador de déficits de linguagem, procurando ampliar-lhe, assim, o potencial. Portanto, o que motivou para escolher esse tema, foi a falta de preparo dos professores do ensino fundamental em compreender a importância da disfunção, sua prática pedagógica no trato da dislexia, fornecendo dados relevantes para a sua atuação.
1.1 Objetivo Geral Compreender que a dislexia é uma perturbação especifica da aprendizagem com origem neurobiológica, caracterizada por dificuldades no reconhecimento preciso e