De acordo com definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), os determinantes sociais da saúde estão relacionados às condições em que uma pessoa vive e trabalha, podem ser considerados os fatores sociais, econômicos, culturais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e fatores de risco à população, tais como moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego. No Brasil, os determinantes sociais influenciam em todas as regiões do País, não só nas áreas rurais ou do interior, mas também nas regiões urbanas. Para cada uma dessas regiões existem diferenças nos determinantes sociais, que impactam na sociedade de diversas formas possíveis. Como por exemplo, as questões relacionadas à dificuldade de acesso à água de qualidade, baixa inclusão educacional ou exclusão no mercado de trabalho, acabam tendo impacto decisivo na saúde, sobretudo as doenças infecciosas, que impactam diretamente na mortalidade infantil e na mortalidade materna, e também nas doenças crônicas não transmissíveis. Isso coloca os determinantes sociais como um componente decisivo para a saúde da população do País. As políticas e programas do governo buscam enfrentar os fatores de risco para saúde da população conforme as recomendações dos determinantes sociais. A prática de atividades físicas é um exemplo, a prevalência de atividade regular é maior em pessoas com um nível maior de escolaridade e maior faixa de renda, isso certamente é porque a população mais pobre não tem locais públicos de acesso fácil, seguro, com orientação de profissionais para realizar atividade física. Outro exemplo, é o tabagismo, onde a redução de fumantes vem sendo mais intensa entre a população com maior escolaridade e maior faixa de renda, ou seja, os programas que identificam estes fatores de risco levam em consideração os determinantes sociais. Eles são decisivos na elaboração de políticas de atenção à saúde e na preocupação que o governo federal tem hoje de reverter a