Discurso
Inicio meu discurso agradecendo aos Engenheiros Sanitaristas e Ambientais sentados logo atrás de mim por me incubirem de falar por mim e por eles. Uma turma bastante heterogênea, formada por pessoas que chegaram à Universidade em momentos diferentes, que se encontraram de diversas maneiras, e, destino ou sorte, estão hoje juntas para sair da Caverna do Dragão. Admito que foi uma escolha arriscada, considerando que eu falo muito... Mas tentarei ser breve, pois já me convenci que nem esta cerimônia – e tampouco este discurso – podem resumir o que este momento significa para nós.
Foram cerca de 4.367 horas de estágio, carga horária complementar e disciplinas. Adoráveis, agradáveis, suportáveis e detestáveis, as disciplinas – e seus tutores – foram responsáveis por grandes doses de emoção nesta jornada. Toda sorte de sentimento se fez presente no caminho entre os cálculos, as físicas, as mecânicas, hidráulicas... e as específicas também, claro. Foi um percurso de muitos tapas e – felizmente – muitos beijos. Hoje, são só lembranças; as lágrimas já não fazem sentido – só aquelas que vem depois de muitas risadas. O aprendizado ficou. E a amizade continua.
A espera pela formatura é como vir para aquela aula de 13h, sem carona. Você anda anda anda no meio dos eucaliptos, não tem uma nuvem no céu pra fazer sombra, e o pavilhão parece uma miragem... E aí, quando você chega, sente um alívio finalmente ter chegado, mas também quer fugir. Poxa, foi tão difícil chegar. Demorado. Tropecei. Fiquei pra trás. Levantei depois. Tropecei de novo. 5 anos e frações nesse frevo de cai-não-cai, pra chegar nesse momento feliz, e os desafios da