Discorsi- Maquiavel FIchamento

MAQUIAVEL, Nicolau. ''Discorsi''. Tradução de Sérgio Bath ­ 3a edição ­ Editora Universidade de Brasília, 1994, p. 1 ­216.

Em sua obra Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio, Nicolau Maquiavel procurou defender o republicanismo como forma de governo. Por meio da análise de eventos passados, o autor buscou ressaltar os conceitos de virtude cívica e de liberdade. A partir de uma breve descrição sobre a origem das cidades, o texto parte em descrever os homens como maus e perversos por natureza. A utilização da história romana serve como auxílio para a constatação de que a criação de leis garante a ordem necessária para possibilitar a liberdade individual e a transformação do homem em um ser bom. Nos capítulos seguintes, Maquiavel expõe a oposição entre o povo e a aristocracia na manutenção do poder de um Estado. Ao final de uma série de indagações, chega-se a conclusão de que quem deve salvaguardar a liberdade depende do tipo de república que é buscado. Deve-se também garantir o direito de acusação para gerar temor daqueles que pensam em atentar contra a república. No capítulo IX, o autor reforça a ideia de que é necessário apenas um homem para a fundação de uma nova república, mas um grupo é necessário para a sua manutenção. Seguindo essa linha de pensamento, os líderes religiosos são apontados como dignos de elogios e os governantes tirânicos perdem o renome surgido com a fundação de um Estado. Para finalizar, o texto faz uma comparação entre a constância do príncipe e do povo ao governar um Estado. Segundo ele, a conduta adotada por ambos depende do respeito às leis. Dessa maneira, o povo não é mais inconstante do que o príncipe quando sob uma boa constituição.