Discalculia
Discalculia é definida pelo Dictionary.com como: «bloqueio da capacidade de resolver problemas matemáticos, geralmente resultante de disfunção cerebral». Terá tanta incidência quanto a dislexia e, no entanto, curiosamente, há menos consciência pública.
Por vezes, a mesma pessoa pode ter sintomas de dislexia e discalculia. Outros alunos podem, em contraste, ter uma elevada literacia mas competências de cálculo pobres, ou vice-versa. Tal como os disléxicos, os alunos com discalculia muitas vezes desenvolvem estratégias de sobrevivência tais como mnemónicas, cantilenas,
«faz por mim» e, claro, o recurso à calculadora. Estas servem para mascarar a sua dificuldade de aprendizagem perante olhos indiscretos. Como as pessoas estão menos atentos à discalculia, as estratégias costumam funcionar.
Os alunos com discalculia frequentemente têm uma dificuldade correlacionada: dizer as horas, usar o calendário e gerir o tempo.
Alunos com dislexia e discalculia têm diversas capacidades perceptivas em comum, uma das quais tende a ser o pensamento não-verbal (“pensar por imagens ou com sentimentos). Para compreender e resolver problemas matemáticos, é necessário ao aluno com discalculia ter uma imagem clara de significado de cada símbolo que o problema contém. O problema matemático 12x30, por exemplo, pode provocar qualquer uma das seguintes confusões: a pessoa não tem a imagem mental para a quantidade representado por 12 ou para a representada por 30; a pessoa tem a imagem mental para estas quantidades, mas não as associa com os números 12 e 30; a pessoa não tem a imagem mental para o significado de multiplicação; a pessoa tem a imagem mental para o significado de multiplicação, mas não sabe que isso é o que o símbolo «x» representa; a pessoa não compreende o princípio de lugar de valor – que um algarismo na coluna das dezenas representa dez vezes mais a quantidade de um algarismo na coluna das unidades; a pessoa não capta