Direitos Humanos

A chegada do regime militar no Brasil em 1 de abril de 1964, instaurou imediatamente um sistema de tortura, formou um rastro de repressões políticas e de violação absurdas dos direitos humanos. Esta condição perdurou friamente até 15 de março do ano de 1985 e nessa trajetória gerou cerca de 150 pessoas desaparecidas, 100 mortas e também por meio de denúncias, chegou-se ao montante de mais de 30.000 torturadas.
Por muito tempo o país foi domado e moldado por uma política de esquecimento, uma manipulação sobre os fatos e principalmente a negação de muitos deles. Foram anos de mentiras e incertezas encobrindo os verdadeiros atos cruéis mantidos por de trás de uma história oficial falsa. Foi promovida e gerida como forma de ''cicatrização'' uma amnésia social, uma forma de dissolver e dispersar a realidade obscura com 21 anos de existência.
Assim como no caso de Vladimir Herzog, muitos outros foram torturados, assassinados e apresentados com uma falsa justificativa de óbito, pois, o regime militar negava incansavelmente a existência de tortura e violações de direitos as pessoas sob seu domínio. Muitos dos mortos nesse período tiveram suas mortes encobertas por falsos laudos médico, como no caso de Herzog, o suicídio era a causa mais presentes em tais laudos, a forma mais utilizada para esconder os torturados mortos. Os médicos legistas ignoravam e escondiam as marcas das torturas, e justificavam em seus documentos morte da vítima por causas naturais ou também acidentes fatais como por exemplo um atropelamento. Em algumas ocasiões não era possível esconder as evidências de tortura, assim, muitas famílias ficaram sem saber do paradeiro dos corpos de seus entes, pois, muitos cadáveres foram enterrados como anônimos.
Passada esta fase completamente nebulosa sobre os fatos, progressivamente tem-se uma espécie de desencantar social e político, atenções foram voltadas para este tema e consequentemente, os fatos foram lentamente sendo vasculhado e a verdade foi aos