Direito
O advogado é pura vaidade, mas, neste caso, a busca pela fama não é oriunda apenas da necessidade de sentir-se reconhecido, mas também um mecanismo para camuflar o desrespeito que ele nutria por si mesmo, devido ao fato dele não conseguir se perdoar pelas vezes que, por medo de perder o cargo na promotoria, havia feito vista grossa diante de denúncias que envolviam pessoas poderosas. Desta forma a escolha do trabalho voluntário neste caso se deve ao fato de que ele lhe permitiria uma espécie de vingança contra o sistema diante de diversos holofotes.
Martin ouve, então, a história do garoto e alega inocência baseado na possibilidade de ter sido uma terceira pessoa já que o coroinha estava presente na cena do crime, mas afirma ter ‘perdido os sentidos’, situação que lhe seria frequente desde a infância. Para explicar os desmaios do garoto à psiquiatra e perita criminal Molly Arrington é convocada.
A promotora de acusação Janet Venable, que havia sido não só estagiaria e namorada de Martin, é escolhida para conduzir o caso e está decida a vencer. A motivação que lhe impulsiona vai além da necessidade de manter o emprego, ela quer provar ser melhor que seu ex-mestre. Desta forma, o tribunal passa então a ser uma extensão da vida particular de ambos – o advogado o usa como mecanismo de vingança contra seu ex-chef, John Shaughnessy, e a promotora como meio de humilhar o homem que sumiu após sair com ela algumas