Direito
Qual a necessidade da mídia privada em oferecer programas, que enaltecem a cultura inútil e nos fazem esquecer do fator principal, que é a relação social humana pelo seu desenvolvimento, no aspecto da educação e da cultura necessária?
Enquanto havia dezenove brasileiros “lutando” para ganhar um milhão, há “um milhão” de crianças nas ruas lutando para conseguir um real e comprar comida; enquanto havia dezenove brasileiros, dentro de uma casa “suando” para ganhar um milhão, há milhões de desabrigados no Japão em decorrência do terremoto, que atingiu o norte do país em 11 de março de 2011.
Milhares de brasileiros falam sobre quem vai ganhar esse jogo e ficam na expectativa para assistir essa festa. Essa tal hipocrisia leva a crer que muitos se preocupam com coisas alheias, preferindo omitir a verdade do mundo e poucos demonstram se importarem com o bem estar social.
Alguns preferem não ter que refletir sobre os problemas presentes, como por exemplo, uma criança pedindo esmolas todos os dias nos semáforos, sem estudo, sem uma expectativa de vida, como muitas famílias que dormem às ruas, batem às portas de nossas casas pedindo pão, sem ter uma vida digna.
E mesmo assim, nesse jogo de marketing que a mídia traz, ela sai assistida pela sociedade e se enriquece com programas banais, sem o mínimo enriquecimento intelectual. Enquanto ganha-se milhões o Estado perde em desenvolvimento. E o que fazemos? Fechamos os olhos para esses seres humanos.
Há, portanto, a necessidade de uma profunda análise para formulação de idéias sociais e incentivos para a nova geração, em que devem buscar o engrandecimento de si e lutar pela vida. Devemos orientar essas crianças de uma forma motivadora, que faça surtir uma perspectiva diante dessa realidade e não que o mundo se fecha em uma casa por meses a espera de “um milhão” de reais.
Bauru, 24 de março de 2011.
MARIANA LUCCAS
Faculdade Anhanguera de Bauru/SP
Curso de Direito – 3º Ano.