direito
Sócrates é acusado diante do tribunal por Meleto, Ânito e por Licão. A acusação: não reconhecer os deuses do estado, e corromper a juventude . No prologo Sócrates aponta que nunca esteve em um tribunal “...Acontece que venho ao tribunal pela primeira vez aos setenta anos de idade...”
Sócrates também examina e refuta as acusações que pairam sobre ele, retratando sua própria vida e procurando mostrar o verdadeiro significado de sua “missão”, e proclama aos cidadãos que deveriam julgá-lo: "Não tenho outra ocupação senão a de vos persuadir a todos, tanto velhos como novos, de que cuideis menos de vossos corpos e de vossos bens do que da perfeição de vossas almas, e a vos dizer que a virtude não provém da riqueza, mas sim que é a virtude que traz a riqueza ou qualquer outra coisa útil aos homens, quer na vida pública quer na vida privada. Se, dizendo isso, eu estou a corromper a juventude, tanto pior; mas, se alguém afirmar que digo outra coisa, mente".
Em um momento de defesa Sócrates dialoga com seus acusadores Meleto, deixando-o embaraçado quanto ao significado da acusação que lhe imputava – "corromper a juventude". Demonstra que estava sendo acusado por Meleto de algo que o próprio Meleto não sabia bem explicar o que era, já que não conseguia definir com clareza o que era bom e o que era mau para os jovens.
Após o veredicto da condenação, Sócrates foi convidado a fixar sua pena. Meleto havia pedido para o acusado a pena de morte. Mas seria fácil para Sócrates salvar-se: bastava propor outra penalidade, por exemplo pagar uma multa, como chegaram a lhe sugerir os amigos, fora difícil obter um veredicto de culpabilidade.
Na Segunda parte da Apologia, Platão descreve o momento em que, novamente diante de seus juízes, Sócrates estabelece a pena que julgava merecer. Nem exílio, nem multa. "Ora, o homem (Meleto) propõe a sentença de morte. Bem; e eu, que pena vos hei de propor em troca, Atenienses? A que mereço, não é claro? Qual será? Que