Direito
Teoria elementar do funcionamento do mercado
Costuma-se definir a procura, ou demanda individual, como a quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor estaria disposta a consumir em determinado período de tempo. É importante notar, nesse ponto, que a demanda é um desejo de consumir, e não sua realização.
A determinação dos valores de bens, de modo geral, é um dos desafios da economia e para ajudar a explicar essa questão surgiram no passado duas teorias:
Teoria objetiva: segundo David Ricardo, o valor de um bem resulta do esforço ou do trabalho necessário a sua obtenção (visão mais socialista). Por exemplo: o valor de 8 horas de produção é exatamente o dobro de 4 horas de produção. Ou seja, o preço é dado a partir dos custos de produção.
Teoria subjetiva: segundo os economistas da escola marginalista (que trouxe cálculos matemáticos para a ciência da economia), o valor de um bem está vinculado a sua utilidade (o quanto o bem é útil para quem consome) e sua escassez, ou seja, o que determina o preço é a preferência das pessoas, que pode também ser explicado pela necessidade ou desejo do consumidor.
Atualmente, a teoria mais aceita mistura um pouco das duas teorias anteriores e está embasada no seguinte:
O valor de cada bem resulta do custo de produção (associado ao esforço e ao trabalho) e, também, da preferência e necessidade de quem os demanda. Conseguimos expressar o valor de uso (valor dado ao bem ou serviço) pela utilidade que proporciona a quem o consome ou pelo valor de troca (valor dado ao bem pelo custo de produção mais a utilidade percebida por quem oferta).
Assim, os preços dos produtos resultam de um equilíbrio entre duas forças: a oferta (que representa o esforço ou os custos de produção) e a