Direito Previdenciario
Língua Portuguesa
Maria Augusta
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O principal objetivo do cinema é retratar as emoções.
O teatro pode recorrer às frases de efeito e sustentar o interesse da plateia por meio de diálogos eminentemente intelectuais, e
28 qual a raiva e a fúria, o amor ou o ciúme falam em linguagem inconfundível. Se a cena tende para o humor, um close-up de pés em colóquio amoroso pode muito bem contar o que se 4 não emocionais. Já para o ator de cinema, a ação é fundamental: é o único meio de assegurar a atenção do espectador, e mais, o seu significado e a sua unidade emergem
31 passa no coração dos seus donos. Os limites, todavia, são estreitos. Muitos sintomas emocionais, tais como corar ou empalidecer, se perderiam na expressão meramente fotográfica, 7 dos sentimentos e das emoções que a determinam. No cinema, mais do que no teatro, os personagens são, antes de tudo, sujeitos de experiências emocionais. A alegria e a dor, a
34 e, o que é mais importante, essas e muitas outras manifestações dos sentimentos fogem ao controle voluntário. Os atores de cinema podem recriar os movimentos cuidadosamente,
10 esperança e o medo, o amor e o ódio, a gratidão e a inveja, a solidariedade e a malícia conferem ao filme significado e valor.
Quais as possibilidades de o cinema exprimir esses sentimentos
37 imitando as contrações e os relaxamentos dos músculos, e, mesmo assim, ser incapazes de reproduzir os processos mais essenciais à verdadeira emoção — os que se passam nas
40 glândulas, nos vasos sanguíneos e nos músculos autônomos.
13 de forma convincente?
Sem dúvida, uma emoção que não pode manifestar-se verbalmente perde parte de sua força; no entanto, os gestos, os
16 atos e as expressões faciais se entrelaçam de tal forma no processo psíquico de uma emoção intensa que, para cada nuança, podese chegar à expressão característica. Basta o
19 rosto — os rictos em torno da boca, a expressão dos olhos, da testa, os movimentos das narinas e a