Direito Hebraico
A origem do povo hebreu data de aproximadamente 2000 a.C. Sua sociedade era composta por tribos nômades, lideradas por patriarcas que exerciam ao mesmo tempo o papel de líderes militares, sacerdotes e juízes.
De origem semita, habitaram inicialmente a Mesopotâmia, migrando mais tarde para a região da Palestina, sob o comando do líder Abraão, onde se estabeleceram por aproximadamente três séculos. Durante o reinado de Hammurabi na Babilônia (segunda metade do século XVIII a.C), ocorreu uma nova migração dos Hebreus, dessa vez para o Egito, possivelmente ocasionada por uma grande seca que atingiu a região.
Estabeleceram-se no Egito, inicialmente em regime de cooperação e mais tarde, segundo a narrativa bíblica, passaram a ser escravizados e perseguidos pelos egípcios.
Após quase quatro séculos de escravidão, o povo Hebreu liberta-se sob a liderança de Moisés, em um acontecimento que ficou conhecido como o Êxodo.
Moisés era filho do casal hebreu Jocheber e Amram, mas foi criado no Egito pela filha do Faraó como seu próprio filho. Aos quarenta anos, Moisés é obrigado a partir para o exílio, após ocasionar a morte de um feitor. Instala-se então na região de Midiã, onde se casa com Séfora (Zípora), filha de Jetro, com quem tem um filho chamado de Gérson. Após quarenta anos no exílio, Moisés recebe o chamado de Deus para retornar ao Egito e libertar o povo Hebreu da escravidão e guiá-lo de volta à terra de Canaã.
Durante a jornada de retorno à Palestina, Moisés recebe as Tábuas dos 10 mandamentos, escritas pela mão de Deus. Os Hebreus vagaram pelo deserto durante quarenta anos, antes de retornar à Canaã, onde o povo se estabeleceu novamente.
Após o retorno à Canaã, o povo Hebreu foi liderado por juízes, que eram tidos como heróis pelos hebreus.
Por volta de 1180 a.C, a ocupação hebraica em Canaã é gravemente abalada por invasões dos filisteus. Diante dos ataques os hebreus tiveram a necessidade de se unir em volta de uma figura