Direito Hebraico
1. Introdução:
O estudo do direito hebraico antigo possui algumas diferenças em relação ao direito grego antigo, mas, também apresenta várias particularidades que o tornam muito especial e desafiador aos que se decide a estuda-lo. Uma diferença entre essas duas civilizações antigas, é que não existiu uma literatura jurídica especifica que tivesse sido escrita por juristas e estudiosos da lei. Se existiu algo, não resistiu até os tempos atuais.
As histórias de ambas as civilizações contem um período de tempo bastante longe, implicando em significativas diferenças entre o tipo de direito que era praticado em diferentes momentos da história, resultante, em parte do sistema de organização política da época. Como por exemplo, o período que os judeus ficaram exilados na Babilônia e seu retorno posterior sob tutela dos medos-persas, autorizado por Artaxerxes, introduziu práticas que modificou o sistema de punição que até então era utilizado.
A grande diferença entre a civilização grega e a hebraica se deve ao fato de que os gregos antigos nos deixaram uma extensa literatura, gramáticas, discursos dos oradores áticos, textos filosóficos, tragédias e comedias que, de certa forma, supriu a ausência de textos jurídicos e permitiu um estudo bastante preciso da língua grega antiga, enquanto a civilização hebraica apenas nos legou um conjunto de 24 documentos, conhecidos como a Bíblia Hebraica ou Velho Testamento no mundo cristão, ou Tanakh pelos judeus. Nesse aspecto, tanto para o estudo da língua hebraica antiga quanto para o estudo de direito hebraico antigo, a Bíblia funcioca como uma ilha por ser o único documento hebraico antigo disponível para que possam consultar.
Mesmo com os empecilhos e o estude do direito hebraico antigo somente ser possível pela Bíblia Hebraica, ainda encontra-se em grande vantagem quanto ao estudo do direito em relação às outras civilizações como Mesopotâmia, Egito e Medo-Persia no que diz respeito às fontes.
2.