Dilemas Morais
Por necessidade financeira, um homem é levado a pedir dinheiro emprestado. Ele sabe que não terá condições de devolver o dinheiro, mas se ele não prometer (falsa promessa) a devolução, nada lhe será emprestado. O que ele deve fazer? Fazer uma falsa promessa e pegar o dinheiro, ou tentar encontrar outro meio de conseguir esse dinheiro? Mentir é justificável em alguns casos? Ou ela é jamais considerada uma atitude ética?
Segundo o princípio da ética do dever, essa ação de pedir dinheiro emprestado sabendo eu não haverá condições no futuro de devolver, não é correta, nem ética. A ética kantiana é uma ética antropocêntrica, centrada no homem e não mais teocêntrica, no qual os mandamentos divinos, devem ser obedecidos. O certo e o errado são encontrados em nós mesmos, na reflexão racional. Então, através da nossa própria razão somos os juízes do certo e do errado.
Para a ética poder ser universal, não se deve agir através se sentimentos, emoções pessoas, pois eles são muito subjetivos, por isso o uso da razão. A ação da falsa promessa, segundo a ética kantiana, não pode se tornar uma lei universal. Pois o agir do ser humano precisa ter validade universal, ou seja, tem que ser válido para todos os seres humanos. Antes de qualquer ação, é necessário verificar se todo mundo aceitaria essa escolha, se seria possível um mundo onde todo agissem dessa forma como eu ajo nesta situação.
Desta forma, pensando sobre a situação problema, fica claro que não é possível que todo mundo aceite a falsa promessa e que haja um mundo onde essa ação possa ser realizada por todo mundo. Um exemplo retirado do texto, onde mostra uma ação eticamente correta, é “a verdade é uma ação que vale universalmente e eu não posso abrir para mim uma exceção para mentir com a finalidade de tirar vantagens sobre os outros”.
De acordo com a ética da utilidade, a mentira pode ser sim considerada um ato ético. De acordo com Jeremy Bentham e John