O problema antropológico
Pode-se perceber que, o homem sempre foi objeto da filosofia, como instrumento de pesquisa e de estudo e que ainda hoje o é. No decorrer na história (principalmente com a Idade Média), a indagação filosófica gira em torno do homem, na tentativa de conhecê-lo de forma mais profunda. Hoje, podemos notar que até mesmo os teólogos e aqueles que creem na possibilidade de um ser absoluto (realidade metafísica), tentam desenvolve-la a partir do homem, gerando até mesmo a sua própria antropologia. Porém, o problema a ser destacado é descobrir quem é o homem, tendo em mente uma constatação de que o homem é uma realidade extremamente complexa, pois realiza diversificadas atividades, de todos os tipos de gênero. Mas isso é acentuado quando passa da ação para o ser.
Assim sendo, vemos que o homem é uma série de problemas, que interessam a todos os campos da filosofia, mas que ao mesmo tempo, trata-se de um problema antropológico como problema da natureza humana, o que se torna de certa forma uma antropologia geral.
As interrogações existentes geram respostas que consideram determinadas perspectivas: a cosmocêntrica, na qual o mundo é o ponto de observação; a teocêntrica, que parte de Deus; a antropocêntrica, que toma como referência o próprio homem.
Porém, para que possamos classificar a antropologia, ao invés de usarmos a perspectiva, nos valemos do fundamento do método, tendo quatro tipos principais: antropologias metafísicas, naturalísticas, historicistas e existenciais.
Na cultura grega, o homem é mais destacado que nas outras culturas, porém, ainda assim, ocupa uma posição incerta, discordante e subordinada, permanecendo preso pelo Destino, pela Natureza e pela História. Ainda que o homem seja visto desta maneira, dessa visão saem concepções de Platão, Aristóteles e Plotino.
Para Platão, que afirma a liberdade de um homem espiritual que não pode ser acorrentado pelas forças do mundo, do destino e do tempo, o homem é essencialmente alma e