Segundo as leis capitalistas, o preço de um produto é regulado pela lei da oferta e da procura, no caso citado, o produto era o único no mercado e a necessidade urgente. Se considerarmos apenas isso, o farmacêutico poderia exigir o preço que assim desejasse mas somos humanos e temos compaixão, temos piedade, ou pelo menos, deveríamos ter, é de se entender, portanto, que o farmacêutico, mesmo com toda a sua ganância, abrisse mão pelo menos do prazo de pagamento, já que o tempo é o principal inimigo de Heinz e sua mulher, entretanto, não foi o que ocorreu. Não é uma questão de ter ou não direito, é mais uma questão de agir certo ou não, o dinheiro não deve estar acima das pessoas, ao meu ver, assim, mesmo que o farmacêutico não tenha obrigação de vender o medicamento a um preço justo, é um dever dele como cidadão, pois assim como o termo diz, é "justo", a pessoa, desse modo, não sai perdendo ou ganhando em relação ao outro, mas não deixa de conquistar algo, mesmo que este algo não seja dinheiro e sim um sentimento, o de ser capaz de ajudar o próximo. Do meu ponto de vista, o direito de criação não é mais importante que a vida das pessoas, não é possível negar que o boticário teve muito trabalho e dedicação na geração do produto, e sim isto é um motivo de admiração, afinal, não seria possível fazer nada pela moça se não fosse a criação do medicamento, entretanto a motivação dele era de fins econômicos e não sociais, tornando o farmacêutico um alvo de controvérsias de princípios e valores. Considerando o âmbito, Heinz foi movido por fatores emocionais ao cometer suas violações, roubando e torturando e, como dizem os ditados populares,"quem... perde a razão", a situação pede um quem tortura, perde a razão, é claramente possível entender os motivos que levaram-no a praticar tais atrocidades. Analisando a conjectura, temos que talvez não houvesse outra solução se supormos que os conhecidos de Heinz pertençam a mesma classe social que ele e não podiam ou não estavam