No mundo atual, pós revolução tecnológica, o mercado de trabalho se mostra amplo, porém ferozmente competitivo. Para um indivíduo encaixar-se em um bom emprego a qualificação deve ser exemplar. Todavia, o acesso a tal qualificação é restrito, criando uma marginalização de grande parcela social, estabelecendo uma camada de “escravos modernos”. No Brasil, a precariedade educacional estabelecida faz com que a maioria dos brasileiros sejam inaptos a ocupar vagas que proporcionariam uma certa dignidade humana. Por falta de opção ou desconhecimento dos seus direitos, essas pessoas aceitam propostas abusivas de trabalho, muito semelhantes ao escravo, mesmo 126 anos após a abolição da escravatura. Assim, a falta de estudo e de capacitação faz com que a esperança seja um sentimento raro na vida de muitos marginalizados pelas oportunidades. Em outra camada, indivíduos que possuem uma boa formação, qualificados para enfrentar o mercado de trabalho, gozam de uma grande aceitação e apoio por parte da alta burguesia. A dignidade, nessa classe, torna-se sinônimo de poder, dinheiro e status. Ao mesmo tempo, o trabalhador pobre segue submisso, fazendo do salário mínimo o sustento da família, mal conseguindo suprir suas necessidades básicas. Antigamente, o escravo tinha garantia apenas a comida e moradia e hoje o trabalhador se esforça para receber uma quantia que mantém o padrão de uma realidade que devia estar bem distante. A situação de paradoxos existentes leva ao questionamento da ausência de dignidade e a abundância da mesma dentro do mesmo território. Fazendo-se necessária atitudes por parte dos governantes para manter o mercado de trabalho não motivo para marginalização, e sim inclusão. A capacitação por meio de instituições de ensino básico e técnico devem ser responsáveis por parcelas amplas da sociedade no mercado de trabalho. Somente por meio da educação a situação mudará.
Portanto, é visível que atualmente o trabalhador não é preso pelas correntes, e