Digestão em cavalos
RISSO, A.G; BARROS, B.B; COELHO, D.K; SOUZA, L.A; SILVA, N.K.P; BRIZOTTI, S.
Introdução
Os equinos são monogástricos herbívoros. Dessa forma, conseguem fazer uma boa digestão dos alimentos fibrosos como as forragens verdes (capins e leguminosas) e as forragens secas (fenos) quando comparado ao processo digestivo de fibras obtido pelas aves e suínos. Essa melhor digestibilidade das fibras é atribuída ao fato destes animais possuírem o intestino grosso desenvolvido o que propicia um maior desenvolvimento da flora microbiana neste órgão. É esta flora que irá atuar sobre as fibras alimentares tornando-as compostos nutricionais disponíveis aos animais.
Anatomia do aparelho digestório de Equinos
A maior parte da digestão e absorção ocorre no intestino delgado (ID - duodeno, jejuno e íleo). O processo digestivo inicia quando o animal coloca o alimento na boca, esse fluído parece não ter atividade enzimática digestiva, mas server como um lubrificante e seu conteúdo de bicarbonato atua como tamponamento da saliva. Após, o alimento passa para o estômago e intestino delgado onde ocorre a maior liberação de enzimas para a digestão e a maior parte da absorção, havendo ainda, pouca absorção no intestino grosso (IG - ceco, cólon e reto). Há no intestino grosso, uma grande digestão microbiana que produz vitaminas do complexo B e ácidos graxos voláteis (AGV s) que auxiliam no suprimento das exigências de vitaminas e energia, respectivamente.
Digestão de Carboidratos, Proteínas e Lipídeos
Carboidratos: A absorção de amido de cereais cuja unidade é moléculas de alfa-D-glicose unidas, pela corrente sanguínea depende da quebra das ligações entre as moléculas de glicose. Isso depende completamente das enzimas secretadas no intestino delgado, que estão aderidas à borda em escova das vilosidades, na forma de alfa-amilase, secretada pelo pâncreas, e alfa-glicosidades, secretadas pela mucosa intestinal. As