Digestão de proteinas, carboidratos e lipideos
Quando ingeridos, os carboidratos estão sob forma de polissacarídeos e dissacarídeos que necessitam ser hidrolisados (quebrados) em açucares simples para serem absorvidos. Dentre os carboidratos digeríveis, de origem animal (glicogênio) e de origem vegetal (amido) são metabolizados a D-glicose com quebras de ligações α-1,4 glicosídicas que são facilmente rompidas pela α-amilase. Já as fibras, solúveis ou insolúveis, não são digeridas pelo organismo humano, por possuírem ligações β-1,4 glicosídicas, que não possuem enzimas para a quebra.
A α-amilase é secretada pelas glândulas salivares e, portanto a digestão de amido e seus derivados iniciam-se na boca com a mastigação, que fraciona o alimento e o mistura com a saliva e é interrompida no estomago onde o baixo pH inativa a sua a enzima que é reativada no intestino onde há um pH mais básico. O amido pode se apresentar na forma de amilose ou amilopectina que se diferenciam pela estrutura, onde a amilose é linear e a amilopectina é bastante ramificada. A amilose é mais hidrossolúvel, possui aproximadamente 300 moléculas de D-glicopiranose ligadas por pontes glicosídicas por α-1,4. Já a amilopectina é menos hidrossolúvel e possui cerca de 1400 moléculas de a-glicose. Outra enzima que catalisa a quebra do amido é a amilase pancreática que possui uma sequencia de aminoácidos diferente da α-amilase e atuam em pH alto ou baixo mas possui a mesma atividade catalítica da outra enzima.
Durante esse processo, a enzima amilase salivar secretada pelas glândulas parótidas (glândula salivar situada na região orofaríngea) inicia a quebra do carboidrato em dextrinas e maltoses que são moléculas menores. Esta enzima sofre inativação no estômago, assim que inicia a liberação de outras enzimas locais. Ainda no estômago, ocorrem contrações das fibras musculares da parede continuando o processo digestivo mecânico, que são os movimentos peristálticos, que tem a função de misturar as partículas dos alimentos com