Digestão das vacas
INTRODUÇÃO
Vacas e outros animais como ovelhas, búfalos, camelos, e girafas são classificados como herbívos pois sua dieta é composta principalmente de material vegetal. Muitos herbívoros são ruminantes. Animais ruminantes podem ser reconhecidos facilmente devido aos frequêntes movimentos de mastigação mesmo quando não estão comendo. Esta atividade de mastigação é chamada de ruminação, e faz parte de um processo digestivo que permite com que estes animais consigam obter energia contida nas paredes celulares das plantas na forma de fibras.
ADAPTAÇÃO PARA UTILIZAR FIBRAS E NITROGÊNIO NÃO PROTÉICO
A fibra é uma estrutura que dá resistência e rigidez as plantas e é o principal constituinte do caule das plantas. Açúcares complexos (celulose, hemicelulose) estão localizados dentro da parede cellular das plantas e permanecem inacessíveis para os animais que não são ruminantes. Contudo, a população de micróbios que vivem no retículo e no rúmen (Figura 1) permitêm com que os ruminantes possam utilizar a energia contida nas fibras.
O nitrogênio necessário na dietas das vacas têm origem nos aminoácidos que são encontrados em proteínas e outras fontes de nitrogênio não proteicos (NNP). Compostos com nitrogênio não proteico não podem ser utilizados por não ruminantes, mas podem ser utilizados pelas bactérias ruminais para a síntese proteica. A maioria dos aminoácidos disponíveis para os bovinos são produzidos pelas bactérias no rúmen.
OS QUATRO ESTÔMAGOS
Retículo e rúmen
O retículo e o rúmen são os dois primeiros estômagos dos ruminantes. O conteúdo alimentar no retículo se mistura com o conteúdo do rúmen quase continuamente (cerca de uma vez por minuto). Ambos estômagos, frequentêmente chamados de retículo-rúmen, contém uma densa população de microorganismos (bactérias, protozoários, e fungos).
Imagens: