25. Outubro 2008 - 10:50 Pesquisadores da Escola Politécnica de Zurique querem diminuir a flatulência e eructação nos ruminantes. O maior problema é que os pacíficos animais emitem metano (CH4), um gás vinte vezes mais potente do que o dióxido de carbono (CO2) no processo do efeito estufa. Elas são sempre pacíficas nos pastos, ruminando o capim e, vez ou outra, mugindo. Malhadas, marrons ou peludas, esses animais fazem parte do cartão postal da Suíça assim como as montanhas e lagos. Elas são sinônimos de natureza. Porém essa imagem está longa da realidade. As vacas são extremamente perigosas para o meio ambiente: elas peidam e arrotam aproximadamente a cada quarenta segundos. "Entre 150 e 500 litros de gás metano por dia, segundo a espécie e forma com que são criadas. As de alta performance, como as utilizadas na produção de leite, são as que emitem mais", explica o professor Michael Kreuzer. O metano é considerado o terceiro gás (depois do dióxido de carbono e vapor d'água) que provoca efeito estufa, o processo de aquecimento que afeta o planeta. Ele é vinte e três vezes mais potente do que a mesma quantidade de dióxido de carbono (CO2). Tem um menor tempo de residência na atmosfera quando comparado com o CO2, mas possui, no entanto, um potencial de aquecimento 60 vezes maior. Além da alta capacidade de absorver radiação infravermelha (calor), o metano gera outros gases do efeito estufa - CO2 e O3 troposférico e vapor de água estratosférico. Agricultura e o clima O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) avalia que metade de todas as emissões de metano causadas pelo homem são originárias da agricultura, do estômago de bovinos e ovinos, dos depósitos de excrementos utilizados como adubos e também de plantações de arroz. E como cada vez mais pessoas no mundo consomem carne, couro, queijo e leite, a concentração de metano na atmosfera aumentou, desde 1900, em 100%. Na sua sala no Instituto de Ciências de Animais da Escola Politécnica de Zurique (ETH,