Diferenças sociais baseada na origem étnica
Histórico da desigualdade
No período colonial A desigualdade social entre brancos e negros e mulatos no Brasil remonta aos tempos coloniais. Embora nos primeiros dois séculos de colonização a maioria da população de origem africana no Brasil fosse escrava, no século XVIII houve um incrível crescimento das alforrias e negros e mulatos livres chegaram a formar a maioria da população em algumas capitanias. Porém, as leis e decretos vindos da Coroa Portuguesa e as práticas sociais impediram enormemente o progresso econômico dessa população. Os libertos de ascendência africana eram discriminados por leis que, frequentemente, deixavam de distingui-los dos escravos. Essas leis eram mais evidentes com relação a porte de armas e no uso de certas vestimentas. Pessoas de origem africana eram proibidas de ocupar cargos públicos, uma vez que era necessário comprovar a "pureza de sangue" para se candidatar. O negro e o mulato livres tinham três possibilidades de ganhar a vida. A primeira era obter a independência financeira a qualquer custo tirando proveito de qualquer oportunidade comercial que surgisse. A segunda era deixar-se absorver no sistema escravocrata como feitor e trabalhador assalariado. A última era desistir de enfrentar os desafios e as desvantagens de ser um indivíduo de cor e entregar-se à vagabundagem. Muitos ex-escravos tinham imensa dificuldade em se integrar ao mundo dos livres. No cativeiro, tudo que se exigia de um escravo era sua força física. A instituição escravocrata minava a sua iniciativa, a capacidade de tomar decisões, a oportunidade de demonstrar liderança e a capacidade de autocontrole. Apenas os indivíduos mais determinados e resolutos conseguiam ultrapassar essas barreiras psicológicas. Portanto, os negros e mulatos nascidos livres tinham mais oportunidades que aqueles nascidos escravos e alforriados depois. E, por fim, os mulatos de pele mais clara, mesmo os nascidos no