Dibs: em busca de si mesmo
Começo esse texto achando muito interessante como às leituras fenomenológico-existencialistas são de acréscimo para a vida de quem o lê e sente-se aberto para receber tais informações e reflexões. Diferente de outras leituras mais teóricas ou praticas, entendo o livro Dibs: em busca de si mesmo, como um acréscimo muito mais existencial do que puramente teórico. Vi uma vida, uma pessoa sendo apresentada, com vivencias, aprendizagens e reflexões. Não vi um objeto de estudo, muito menos um estereotipo enquadrado. Isso me conforta muito. Não sei se o fato de ter uma afinidade filosófica com o existencialismo e ter escolhido a Gestalt como abordagem faz com que me sinta dessa forma perante essa leitura, mas de fato, é o que sinto.
No livro, a autora Axline apresenta Dibs, uma criança sob suspeita de problemas mentais. Ele passou a ser acompanhado em sessões de ludoterapia, no decorrer das quais teve a possibilidade de se expressar livremente, sem a presença de críticas e julgamentos, logrando, assim, contrariar todas as previsões feitas a seu respeito. A autora nos expõe os princípios que considera indispensáveis para os que se propõem a atender crianças e que dizem respeito muito mais à atitude do terapeuta do que a técnicas ou informações teóricas. Isso faz com que saiamos do foco de só ver um objeto de estudo ou uma patologia e não ver mais uma pessoa, que no caso, ver a criança Dibs sendo apresentada, tanto pela terapeuta, tanto por ela própria. Mas pensamos: como devemos nos portar perante o cliente? Como devo trata-lo? Como começo a sessão?
Na leitura, é notado que primeiramente, a primeira condição é gostar de crianças (sendo especifico ao contexto do livro), respeitá-las e tratá-las com sinceridade. Isso nos faz refletir a expandir essa condição não apenas para as crianças, como apresenta o livro, mas devemos ter essa condição de respeito e sinceridade com todos os demais, não apenas o cliente em si, mas em