diario de campo
Depois dessa explicação de para onde íamos e do que seria feito entramos no ônibus, todos tomaram seus lugares e iniciamos a viagem. Algum tempo depois chegamos no primeiro local a ser visitado, era um lugar mais afastado no qual parecia ser bem cuidado e verde, uma aparência de diversificação na paisagem. A pessoa que nos recebeu nesse ambiente foi Dejesus, uma mulher que participa do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra. Ela nos foi orientando pelos terrenos que passávamos e explicando um pouco mais sobre como são utilizadas aquelas áreas. Um fato interessante do qual De Jesus falou foi sobre a forma como as terras eram trabalhadas. Essas terras que foram ocupadas são cultivadas de uma forma totalmente diferente das cultivadas por grandes empresas, elas são divididas entre as famílias e cada uma decide o que quer plantar, podendo fazer múltiplos cultivos ao mesmo tempo, plantando o que desejar, exercendo assim uma atividade de policultura. Isso também mostra como as famílias envolvidas nesse movimento tem uma maior liberdade de escolha de como querem cultivar aquela terra, em que momentos e épocas irão fazer isso. Bem diferente da forma como o Agronegócio executa os seus cultivos, com uma vasta extensão de terra onde em grande parte das vezes só existe a cultura de um elemento, tornando todo o potencial desse espaço em uma área de monocultura, pobre na sua extensão. Todo esse espaço e produção de apenas um específico alimento para que grande parte nem seja consumida pela população nacional e sim exportada para