diamente de sangue
O filme “Diamante de Sangue” gira em torno da problemática de Serra Leoa –um dos países do continente africano que está entre os maiores produtores de diamante do mundo, e não por acaso, ocupa o último lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.
Arrasada por uma guerra civil que dura mais de 10 anos, a população de Serra Leoa vive abaixo da linha da pobreza. Analisando o filme, podemos observar que a riqueza daquele solo não foi traduzida em desenvolvimento, mas ao contrário, essa riqueza atraiu a cobiça de países colonizadores, que provocam guerras civis, corrupção e miséria.
O processo de exportação abordado no filme é estudado minuciosamente; por estar em uma zona de conflito, Serra Leoa, não poderia exportar diamantes. Os contrabandistas, de forma escravista explorava a população e mandava de forma ilícita os diamantes para países próximos. Dali, com a corrupção de alguns funcionários públicos, as pedras preciosas facilmente iriam para o mercado internacional, com registro de países que estão fora da zona de conflito, sendo aceitas sem problemas pelo mercado.
Além disso, o recrutamento de crianças para os ataques armados também é mostrado, onde, desde pequenas são alimentadas pela sede por riqueza, custe o que custar; as que resistem acabam mortas, mas a maioria acaba participando dos ideais das milícias.
Os Organismos Internacionais também são criticados, onde mostram os responsáveis elegantemente trajados, assinando acordos diplomáticos com canetas caríssimas, sem realmente fazer algo significante quanto aos conflitos.
E por fim, é interessante citar os ambientes que o filme exibe, passando da guerra, para pessoas da alta sociedade exibindo suas joias, com enormes pedras de diamante, sem sequer refletirem por um segundo qual a origem das pedras, mostrando de forma dura e clara como funciona o mercado consumidor americano.