Dialogo 7198
ISSN 1518-3483
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[T]
Professor-pesquisador: concepções e práticas de mestres que atuam na educação básica
[I]
Teacher-researcher: conceptions and practices of master professors who work in elementary schools
[A]
Rita Buzzi Rausch
Doutora em Educação pela Unicamp, Campinas, professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, SC - Brasil, e-mail: rausch@furb.br
[R]
Resumo
Embora na formação de professores busca-se formar o professor-pesquisador, e a pesquisa seja reconhecida como atividade fundamental, o seu uso e significado geram polêmicas. Além das licenciaturas, a formação do professor-pesquisador é intenção também de diferentes programas de pós-graduação stricto sensu no país. Neste sentido, buscamos investigar: quais as concepções e práticas de pesquisa de professores mestres que atuam na docência na educação básica? O objetivo foi conhecer as concepções e práticas em pesquisa de professores mestres.
De abordagem qualitativa, realizamos entrevista semiestruturada com oito mestres docentes.
Quanto à concepção de professor-pesquisador identificamos três vertentes: a) o profissional que se mantém atualizado; b) o profissional que prioriza a pesquisa em detrimento do ensino;
Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 12, n. 37, p. 701-717, set./dez. 2012
702 RAUSCH, R. B.
c) o profissional que investiga sua prática docente. Nessa última concepção, porém, não percebemos o entendimento de pesquisa como um processo sistematizado, no sentido de se fazer ciência relacionada à docência. A maioria dos professores demonstrou interesse e habilidade em realizar pesquisas na escola, porém manifestou impossibilidades graças a fatores relacionados à estrutura física, falta de tempo, baixa remuneração e ao pouco apoio por parte dos gestores.
A maioria destacou que o mestrado contribuiu com sua formação de professor-pesquisador.
Este estudo permitiu