DIALOGANDO SOBRE CURRÍCULO
Josuel de Souza Ferreira1
Ao dialogar sobre currículo escolar na escola na sociedade capitalista, a partir da ideia de que a escola produz e reproduz as desigualdades sociais, todo o sistema curricular no capitalismo é formado par atender à ideologia dominante.
Poucos são os que acompanham as necessidades do mundo capitalista, pois o capital cultural, econômico e político falam mais alto.
Se a maioria dos alunos não se inclui nas novas necessidades do mercado, e a escola não tem mecanismos para inseri-los, logo a Instituição de
Ensino será excluída do processo. A educação é uma ação violenta, por parte da cultura dominante sobre os grupos dominados, principalmente em um país como o
Brasil, onde milhares de seres humanos vivem em estado de miséria. Nesse caso, as consequências dessa desigualdade são de tal modo que as possibilidades de sucesso na escola são também desiguais.
A escola limita-se a transmitir o conhecimento semelhante a da classe dominante. Essa visão mostra que a escola é um instrumento de reprodução e, por isso mesmo mantém no sistema vigente, o “currículo oficial”.
Segundo João Almeida Marchado, ao fazermos isso perdemos a sintonia que pretendemos estabelecer com os estudantes. O mesmo acredita ainda que é preciso estabelecer relações entre o currículo oficial e o mundo que nos cerca e influencia constantemente. A partir dessas concepção, cabe aos educadores organizar discussões em suas escolas e debater o papel da instituição, se ela deve seguir como instrumento de reprodução do sistema capitalista, ou deve reagir diante das investidas do mesmos. É louvável, quando Machado afirma, que não devemos desprezar os currículos oficiais, e sim modernizá-los criando elos que permitam a comunicação ente esses direcionadores de atuação da escola e a realidade em que vivemos.
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Graduando do curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental pele UNESA – Universidade Estácio Sá e graduado em Letras