Diagnóstico do cancro
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre mulheres. Embora seja considerado de bom prognóstico, o câncer de mama é responsável pelos maiores índices de mortalidade feminina no mundo, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos, com mais de mil mortes por ano. Isso se deve ao fato de que, na maioria dos casos, a doença é diagnosticada em estádios avançados. No Brasil esse tipo de câncer corresponde à segunda neoplasia maligna mais frequente na população feminina, tendo sido estimados 49.240 novos casos para o ano de 2010 (Instituto Nacional do Câncer, 2009).
Historicamente, o câncer é visto como uma doença que leva à morte. Nesse sentido, é revestido por um caráter simbólico que atrela, à sua representação no imaginário coletivo, diversas significações, tais como desordem, catástrofe, castigo e fatalidade (Fonseca, 1999; Peres & Santos, 2009; Tavares & Trad, 2005; Trincaus & Côrrea, 2007). De acordo com um estudo realizado por Westman, Bergenmar e Andersson (2006), a vivência do diagnóstico de câncer traz para os pacientes o despertar de reflexões existenciais relacionadas ao sentido da vida e da morte. Viver como uma doença como o câncer de mama é experienciado como necessidade de conviver com uma enfermidade estigmatizante, que desperta sentimentos negativos e preconceitos, o que leva a paciente a ter que se deparar constantemente com incertezas (Almeida, Mamede, Panobianco, Prado & Clapis, 2001; Silva & Santos, 2008, 2010). Nessa perspectiva, Kübler-Ross (1981) afirma que o tumor maligno e, em particular, o câncer de mama (Jesus & Lopes, 2003), está quase sempre associado à idéia de morte iminente. Mesmo diante de bom prognóstico, ainda é forte a crença de que câncer e terminalidade são sinônimos (Rzeznik & Dall’Agnol, 2000).
Segundo dados da literatura (Barnes et al., 2000; Biffi, 2003; Scorsolini-Comin, Santos & Souza, 2009; Silva &