Diagnostique antes de prescrever
Apesar de ser arriscado e difícil, procurar primeiro compreender (ou diagnosticar) antes de prescrever algo é um princípio correto que se manifesta em muitas áreas da vida. É a marca registrada de todos os profissionais de verdade. Trata-se de uma atitude fundamental para o oculista, para o médico de verdade. Não é possível ter confiança no tratamento recomendado pelo médico, a não ser que se confie no diagnóstico.
Quatro respostas autobiográficas
Como se ouve autobiograficamente tem-se a tendência de responder conforme um destes quatro modos:
_ “Nós avaliamos, aprovamos ou desaprovamos”;
_ “Nós investigamos, fazemos perguntas a partir de nosso próprio quadro de referências”;
_ “Nós aconselhamos, damos conselhos a partir de nossa própria experiência”;
_ “Nós interpretamos, tentamos ter uma idéia das pessoas, explicar seus motivos, seu comportamento, a partir de nossos próprios motivos e comportamentos”. Jamais será possível entrar de verdade dentro de outra pessoa, de ver o mundo através de sua ótica, a não ser que se desenvolva o desejo puro de fazer isso, além de usar a força do caráter, e de se ter uma Conta Bancária Emocional positiva, ou seja, a capacidade para a escuta empática necessária. Segundo Covey (2004), a habilidade é a ponta do iceberg da escuta empática, e abrange quatro estágios de desenvolvimento:
O primeiro e menos eficaz é a repetição do conteúdo. Este é o estágio onde se aprende a ouvir de um modo “ativo” ou “reflexivo”. Sem o caráter e o relacionamento por trás, tal atitude é, freqüentemente, um insulto às pessoas e provoca seu retraimento. Trata-se, contudo, do primeiro estágio, porque pelo menos leva a pessoa a escutar o que está sendo dito. O segundo estágio da escuta empática é reestruturar o conteúdo. Trata-se de um processo um pouco mais eficaz, mas ainda assim restrito à comunicação verbal.
O terceiro estágio coloca o cérebro direito em funcionamento.A pessoa reflete o sentimento.