Detalhes do conto "O Espelho"
Narrador: 1ª pessoa
Tempo: Final do século XIX
Espaço: Bairro Santa Tereza, no Rio de Janeiro
Enredo: Cinco homens estavam reunidos, discutindo, sendo que um deles estava la somente de ouvinte. Seu nome era Jacobina.
Em um certo instante da discussão ele começou a contar sua vida aos homens ali presentes. Jacobina conta que foi nomeado, aos 25 anos de idade, alferes da Guarda Nacional, causando grande orgulho para a família, e sendo denominado dessa forma por ela. Um dia alferes foi convidado pela sua tia para passar uns dias em sua casa, numa fazenda. No quarto em que dormia foi colocado um espelho como sinal de admiração. Enquanto ele estava hospedado, a viúva teve que se ausentar por uns dias, pois devera visitar sua filha. Nestes momentos, todos os escravos fugiram e Jacobina ficou solitário. A única coisa que restara era o espelho, para não se sentir tão sozinho. Assim que alferes se olhou no espelho, ele viu uma figura vaga, logo após vestiu sua farda e se olhou novamente, podendo ver a pessoa que reconhecera.
Jacobino concluiu que nós possuímos almas faces: uma interior e outra exterior. A primeira era nossa personalidade, quem somos de verdade, já a segunda era quem nós somos para o mundo, nossa imagem pública.
Climax: O climax negativo foi quando Jacobina se olha no espelho, e não se reconhece, até que decide vestir sua farda, identificando a pessoa refletida pelo objeto. Até então alferes todo dia se olhava no espelho com sua vestimenta para admirar-se, garantindo sua sobrevivência para os próximos dias até sua tia voltar.
Como se relacionam com as condições históricas e políticas da época: Na época do conto, estava havendo o início do processo da abolição escrava, em que a intensidade das fugas dos escravos era maior, momento em que ocorreu também no conto em que Jacobina estava hospedado na casa de sua tia ausentada.