destino do lixo
Luiza Bezamat de Abreu
Maria Claudia Palhares
Para realizarmos uma análise acerca do destino do lixo, precisamos entender o que vem a ser o lixo propriamente dito. O lixo é tudo aquilo que na realidade não tem mais função ou reutilização, nem mesmo pode ser reciclado ou como afirma Carolina Souza, da Recicloteca do Rio de Janeiro: “lixo é tudo o que não serve para mais nada e para mais ninguém”. Então, por que as pessoas ainda descartam materiais que poderiam ter outro destino? É tudo uma questão de ponto de vista e interesse: muito do que é lixo para uma pessoa, ainda pode servir para outra, e dessa forma, não seria lixo.
O lixo é decorrência da atividade humana, visto que em processos da própria natureza toda sobra ou resíduo será reaproveitada. Por exemplo, quando alguma planta resseca e morre, cai sobre o solo e se torna “adubo” para a terra, se reintegrando a um novo processo. Alguns pássaros, quando se alimentam do fruto das plantas e árvores espalham as sementes (seus resíduos) e com isso ajudam a disseminar a espécie. E esse processo também é feito por outros animais.
O ser humano produz resíduos desde o início de sua história. Na pré-história, o homem era um ser nômade e a sua sobrevivência provinha totalmente da natureza.
Alimentava-se da caça, da pesca e dos vegetais encontrados, assim, o que restava de sua alimentação eram as ossadas, as peles e os restos vegetais, que eram abandonados pelo caminho, no solo, e retornavam ao ciclo natural. A característica nômade do homem é muito importante e deve ser considerada, visto que, por isso, seus resíduos não ficavam acumulados em um só lugar, eram espalhados por diversas áreas.
À medida que o homem foi evoluindo, formaram-se grupos sociais que se fixaram em certos lugares, e mais tarde estabeleceram as comunidades, surgindo então as cidades. Quando se fixou, o homem deixou de ser nômade e não se mudou mais. A população foi crescendo e com isso os resíduos produzidos