Destino da religião e suas relações com a ciência.
Marx dizia que “religião é o ópio do povo”, pois os anestesia em relação aos problemas e possíveis mudanças dos mesmos. Ele crê também que a religião foi criada como uma forma de controle mais eficaz dos dominantes sobre os dominados, já que ela atende as demandas da classe oprimida, marginalizada (para ele, o povo). Trata-se da maior de todas as ideologias, criada pela Elite e implantada sutilmente nas classes subalternas, utilizada como manutenção do regime. Portanto, é necessário, conforme seus pensamentos, que a religião seja abolida para que a luta de classes acabe. Sendo assim, o futuro da religião seria o seu fim com a revolução do proletariado.
Para Freud a religião surgiu para atender aos desejos mais profundos do homem - a vontade de não morrer e de ser amado plenamente - , que não são realizados no plano real, concreto, mas que passaram a ser realizados no plano da “ilusão”. Assim como Marx, Freud também vê uma característica narcótica na religião, pois o homem passa a acreditar na possibilidade de realizar algo que nunca será realizado. Acredita, como o filósofo alemão, que a religião irá acabar, mas não por revoluções ou decretos, e sim pelo avanço da ciência moderna que faz, constantemente com que mitos sejam rompidos e ideologias, crenças sejam provadas como falsas. Ele compara essa ação com a maturação de uma criança até a adolescência, sendo uma ação inevitável. Porém, Sigmund Freud acredita que a permanência da religião se dê por ser base para a moral e a ética que mantém a sociedade, temendo que o fim da religião acarrete o fim da sociedade e instaure o caos. Assim, ao contrário de Marx, o fim da religião pode ser algo maléfico para Freud.
2. Comentar o parágrafo da p.52-53 do texto de Rubem Alves (“O enigma da religião”), a respeito das relações entre religião e ciência.
Tanto a religião quanto a