Modernidade: ontem hoje e amanhã
Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor, mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. Ser moderno é fazer parte de um universo no qual, como disse Marx, "tudo que é sólido desmancha no ar".
Embora muitas pessoas delas tenham provavelmente experimentado a modernidade como uma ameaça radical a toda sua história e tradições, a modernidade, no curso de cinco séculos, desenvolveu uma rica história e uma variedade de tradições próprias. O turbilhão da vida moderna tem sido alimentado por muitas fontes: grandes descobertas nas ciências físicas, com, a industrialização da produção, descomunal explosão demográfica, rápido e muitas vezes catastrófico crescimento urbano; sistemas de comunicação de massa, dinâmicos em seu desenvolvimento, Estados nacionais cada vez mais poderosos, movimentos sociais de massa e de nações.
Na primeira fase, do inicio do século XVI até o fim do século XVII as pessoas estão apenas começando a experimentar a vida moderna. A segunda fase começa com a grande onda revolucionária de l790. Na terceira e última fase, século XX, o processo de modernização se expande a ponto de abarcar virtualmente o mundo todo, e a cultura mundial do modernismo em desenvolvimento atinge espetaculares triunfos na arte e no pensamento.
Rousseau é o primeiro a usar a palavra modernismo. E ele é a matriz de algumas das mais vitais tradições modernistas, do devaneio nostálgico à auto-especulação psicanalítica e à democracia participativa. O fato básico da vida moderna, conforme a vê Marx, é que essa vida é radicalmente contraditória na sua base. A burguesia não pode sobreviver sem revolucionar constantemente os instrumentos de produção, e com eles as relações de produção, e com eles todas as relações sociais. [...] Revolução ininterrupta da produção, continua perturbação de