Dessensibilização ao vivo
A técnica de Dessensibilização Sistemática teve como precursores os estudos sobre neurose experimental (Kazdin, 1978). Esses estudos eram feitos com animais, onde o pesquisador os colocava em situações que eliciavam respostas de ansiedade, tornando esses animais ‘neuróticos’, após os animais estarem nessa condição, eram feitos testes para a cura da neurose. Abaixo os procedimentos adotado por Kazdin para este estudo:
1) Mantinha o gato no interior de uma gaiola, por tempo suficiente até que se habituasse a esse ambiente;
2) Feito isso, aplicava choques elétricos nos pés do animal, até que observasse respostas de ansiedade, tais como, gritos, dilatação da pupila, ereção de pelos e respiração acelerada;
3) Após diversas aplicações do choque nesse ambiente, constatava a ocorrência de respostas de ansiedade do gato no interior da gaiola, mesmo sem aplicar novos choques e, cada vez que o animal era colocado nessa gaiola, havia a repetição do comportamento neurótico (Condição neurótica desencadeada por eventos ambientais);
4) Para o tratamento da extinção do comportamento neurótico, o animal era exposto a um procedimento de aproximações sucessivas, que consistia na apresentação de comida em ambientes em ordem decrescente de semelhança à gaiola na qual foi condicionada a neurose.
Neste caso, a comida era um estímulo que eliciava uma resposta incompatível à resposta de ansiedade, ou seja, a comida era um estímulo reforçador contraponto a gaiola, que havia se tornado um estímulo aversivo.
Os experimentos de Kazdin possibilitaram a formulação do “princípio da inibição recíproca”, que tem a seguinte premissa: se uma resposta inibidora de ansiedade puder ser produzida na presença de estímulos eliciadores de ansiedade, ela enfraquecerá o vínculo entre esses estímulos e a ansiedade.
A partir desses estudos formularam o princípio de inibição recíproca, que é uma técnica de aproximação gradual ao estímulo ou a uma situação de fobia,