Desmaterialização da Arquitetura
O mundo nos anos 30 estava passando por uma grande transição, em 1929 teve a Crise de 29, nos Estados Unidos a qual milhares de pessoas quebraram e ficaram pobres do dia pra noite, com a implantação do New Deal, a economia se recuperou, enquanto isso, na Europa, os governos totalitários ganhavam força e em 1939 explodiu a 2º Guerra Mundial. Um pouco antes, na década de 20, com o avanço do Movimento Moderno e do Estilo Internacional, a busca pela essência da arquitetura fez com que o a desmaterialização acontecesse. A definição de arquitetura passou a ser a “arte do espaço”, assim, a importância da massa construída foi transferida para seu interior, seu vazio propriamente dito, a arquitetura passou a ser o espaço que se deixava sentir, viver, morar e perceber, moldado pela massa de concreto, e para se tornar visível, os arquitetos desse período abriam esse espaço, deixaram a casa transparecer e se concentraram nos detalhes. As obras desse movimento seguem uma linha transparente, com uso de vidro, e para resolver as questões estruturais, se apropriaram dos novos materiais disponíveis, como o aço e o concreto armado.
Os grandes nomes desse movimento são Mies Van der Rohe, Phillip Jonhson, Giuseppe Terragni e Oscar Niemayer. O pensamento de Mies, é de que menos é mais e de que ‘Deus está nos detalhes’, assim sendo, suas obras são puramente desmaterializadas, são claras, transparentes, abertas, funcionais e fluidas. Temos como exemplo a Farsworth House (1951), em Plano, Illinois. A casa é composta por duas lajes de concreto armado, suspensas, sustentadas por 8 pilares de aço a 1,60 do chão, o fechamento é de vidro e as paredes internas de madeira, sua planta é livre e fluida. O Crown Hall (1956), é outro forte exemplo desse movimento, O edifício está dividido em dois níveis : no piso principal , configurado como um grande espaço e nível semi-enterrado , que abriga escritórios, salas de reunião e serviços, o piso principal , é um